Papa: Sigam o exemplo dos novos santos

Papa na missa de canonização: Os santos mantêm acesa a luz da fé em Cristo

Após a canonização de sete novos santos na Praça de São Pedro no domingo, o Papa Leão XIV dirigiu-se aos peregrinos que viajaram de todo o mundo para o evento. Ele descreveu a celebração de domingo como algo que «nos lembra que a comunhão da Igreja abraça todos os fiéis, através do espaço e do tempo, em todas as línguas e culturas, unindo-nos como Povo de Deus, Corpo de Cristo e templo vivo do Espírito Santo»

Ao descrever os novos santos, o Papa enfatizou que as suas vidas foram totalmente oferecidas em amor a Cristo e aos outros e que eles são «sinais radiantes de esperança». A santidade, acrescentou, é uma vocação partilhada por todos.

São Inácio Maloyan

Refletindo sobre cada um dos novos santos, o Papa Leão recordou primeiro o Bispo Inácio Maloyan, martirizado na Arménia, descrevendo-o como «um pastor segundo o coração de Cristo». Em tempos de perseguição, explicou o Papa, ele fortaleceu o seu rebanho em vez de o abandonar. Quando lhe pediram que renunciasse à sua fé em troca da liberdade, ele escolheu Deus, mesmo que isso significasse derramar o seu próprio sangue.

Refletindo sobre «o povo arménio, que esculpe a cruz na pedra como sinal da sua fé firme e duradoura», o Papa rezou para que a intercessão de Santo Inácio renove o fervor dos crentes e traga reconciliação e paz.

São Pedro To Rot

Passando então ao novo santo da Papua-Nova Guiné, o Papa Leão refletiu sobre São Pedro To Rot como um exemplo de firmeza. Um catequista comum, arriscou a vida para continuar o seu trabalho pastoral secretamente durante a Segunda Guerra Mundial e defendeu a santidade do casamento contra a poligamia, confrontando autoridades poderosas quando necessário.

O Papa Leão recordou as palavras do agora santo - «Este é um momento muito difícil para nós e todos temos medo. Mas Deus, nosso Pai, está connosco» - e exortou os fiéis a defenderem as verdades da fé e a confiarem em Deus em todas as provações.

Santos venezuelanos

Ao celebrar São José Gregório Hernández e Santa Carmen Rendiles, ambos da Venezuela, o Papa destacou as suas virtudes heróicas de fé, esperança e caridade e convidou os fiéis reunidos a usá-las como orientação para os dias de hoje. A fé transforma a vida comum em luz para os outros; a esperança lembra-nos que as lutas não são para fins efémeros; e a caridade, nascida do dom de Deus, chama-nos a servir os doentes, os pobres e os pequenos.

E com isso em mente, ele encorajou os presentes a verem nas pessoas ao seu redor “irmãos e irmãs chamados à mesma santidade”, caminhando juntos na construção do Reino de Deus com alegria.

Santa Maria Troncatti e Santa Vincenza Maria Poloni

Falando então de Santa Maria Troncatti, missionária salesiana no Equador, o Papa Leão salientou que ela curou corpos e corações através do amor proveniente da fé e da oração. Santa Vincenza Maria Poloni, fundadora das Irmãs da Misericórdia, encarnou, por sua vez, a compaixão de Cristo pelos doentes e marginalizados. As suas vidas, continuou ele, mostram que a santidade floresce no serviço aos frágeis.

São Bartolomeu Longo

Por fim, o Papa descreveu São Bartolo Longo, que, segundo ele, estava distante da fé antes de se dedicar às obras de misericórdia para com os órfãos, os pobres e os desesperados, e promover a devoção ao Rosário. O Papa Leão encorajou todos os presentes a usar este exemplo para contemplar os mistérios de Cristo através dos olhos de Maria.

Ao encerrar o seu discurso, o Papa Leão pediu aos fiéis que regressassem às suas terras natais «com o coração cheio de gratidão e o desejo de imitar os novos santos».